Besteirologia em doses generosas



      Dizem que é mais difícil arrancar risadas do que lágrimas e que poucos têm talento para transformar uma situação complicada ou delicada em comédia. Se rir é o melhor remédio, como diz o ditado popular, os DOUTORES DA ALEGRIA são a melhor receita para levar alegria, distração e conforto para milhares de crianças internadas em hospitais espalhados pelo Brasil.

A história
      A inspiração para a criação do DOUTORES DA ALEGRIA teve início em 1986 quando Michael Christensen, um palhaço americano, diretor do Big Apple Circus de Nova York, apresentava-se em uma comemoração num hospital daquela cidade, quando pediu para visitar as crianças internadas que não puderam participar do evento. Improvisando, substituiu as imagens da internação por outras alegres e engraçadas. Essa foi a semente da Clown Care Unit™, grupo pioneiro de artistas especialmente treinados para levar alegria a crianças internadas em hospitais de Nova York. Em 1988 Wellington Nogueira, um ator graduado pela Academia Americana de Teatro Dramático e Musical de Nova Iorque, onde trabalhou em algumas das melhores companhias de teatro, cinema e circo, passou a integrar a trupe americana. No dia do teste brincou com um garoto engessado das pernas até a barriga, cheio de tubos espetados e várias cicatrizes de operações ortopédicas. Quando terminou, ouviu do menino: “Estou me sentido melhor, muito obrigado”. Nascia ali o Dr. Zinho.
      Voltando ao Brasil, em 1991, para ficar com o pai doente, já em estado terminal, percebeu que havia muita coisa a ser feita nos hospitais brasileiro e resolveu tentar aqui um projeto parecido, enquanto ex-colegas faziam o mesmo na França (Le Rire Medecin) e Alemanha (Die Klown Doktoren). Os preparativos foram extremamente trabalhosos, mas valeu: em setembro daquele ano, em uma louvável iniciativa do Hospital e Maternidade Nossa Senhora de Lourdes, em São Paulo (hoje Hospital da Criança), teve início o programa DOUTORES DA ALEGRIA. Surgia assim um grupo dedicado a levar alegria a crianças hospitalizadas, seus pais e profissionais de saúde, através da arte do palhaço, nutrindo esta forma de expressão como meio de enriquecimento da experiência humana.
      Atualmente, os DOUTORES DA ALEGRIA trabalham ainda pelo cumprimento de novos objetivos. Entre eles, a ampliação de sua atuação em hospitais da rede pública, o desenvolvimento do Programa Palhaços em Rede, encontros e oficinas com grupos de ação semelhante à da organização, que reúne mais de 250 grupos que trabalham como palhaços em hospitais de todo o Brasil (São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Pernambuco, Ceará, Alagoas, Paraíba, Paraná, Rio Grande do Sul, Goiás, Distrito Federal, Amazonas, Mato Grosso e Bahia) e oferece orientação gratuita com o objetivo de reforçar a identidade dos grupos, prezando pela qualidade do trabalho levado para os hospitais. Apesar de ser impossível medir se as intervenções dos “besteirologistas”, como eles se denominam, contribuem para o tratamento dos pacientes infantis, é sabido que o riso influi positivamente no sistema imunológico.

Você sabia?
Para ser um Doutor da Alegria é preciso ser artista profissional (palhaço ou ator especializado na linguagem do palhaço). Esses artistas são remunerados.
A organização recebeu em 1997 o Prêmio Criança da Fundação Abrinq pelos Direitos da Criança e foi incluída três vezes na lista das 100 melhores práticas globais da divisão Habitat da Organização das Nações Unidas.

Fonte: http://mundodasmarcas.blogspot.comFonte

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